A nossa Zuca!



Acho que não há quem nos tenha vindo visitar à Quinta que não seja recebido com um ladrar feroz.
É o "olá" da Zuca.
Não sei onde foi buscar esta mania de achar que é simpático correr direita ás pessoas de pêlo eriçado e a ladrar como se não houvesse amanhã.
É esse o seu único defeito (ou talvez vício) e é impossível explicar-lhe que não é "friendly".
Quando vê alguém novo por estes lados, é instantâneo, desata a correr, a ladrar... e só pára depois de dar a voltinha de reconhecimento por trás da dita pessoa. Sempre assim, sempre igual.
Felizmente, tenho-me apercebido, ao longo dos tempos, que a maior parte das pessoas sabe lidar muito bem com esta estranha espécie de boas-vindas.
Mas é este seu vício que faz dela a melhor guarda do mundo. Se a Zuca ladra é porque anda aí alguém.

Até a Zuca chegar a nossa casa a relação que tinha com cães era:
cão é cão, lugar de cão é na rua, falar com cães é de loucos ...
enfim, todas aquelas ideias preconcebidas de quem nunca teve um cão na familia.
A Zuca chegou e mudou tudo. Foi há 9 anos.
Era para ficar na rua mas foi ficando em casa. Mais um dia, e outro e outro...
Os anos foram passando e a Zuca passou a ser o sexto elemento da familia.
Quantas vezes não lhe troco o nome e lhe chamo Carlota (o nome da minha filha). A Zuca percebe tudo, sabe tudo, ouve tudo, reage a tudo. Dá mesmo para conversar com ela.
Desaparece quando sente que há discussão no ar, volta quando percebe que já passou.
Se ao principio era a cadela do Duarte, porque foi ele que a trouxe para casa, hoje é a minha sombra. Onde eu vou ela vai. É a minha companhia, não diária, mas ao segundo.
E conquista toda a gente.
Não há ninguém aqui na Quinta que não adore a Zuca. E ela sabe.
A Zuca é uma cadela cheia de sorte. Tem uma bela casa, uma familia que a adora, um monte de amigos, muito espaço para correr.
Nós somos uns humanos com o enorme privilégio de termos a Zuca como amiga fiel.
Obrigada querida amiga Zuca!

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