Prometemos. É hora de cumprir!



A nossa promessa foi feita, é publica e não nos esquecemos.
Chegou a hora de a cumprir.
Quando escrevi o email em que mostrámos a nossa vontade e intenção de ajudar ainda mal tinham começado os fogos e mal sabíamos o que aí vinha.
Felizmente parece que finalmente esta semana as coisas acalmaram.
Infelizmente com muita destruição, muitas histórias tristes que ficaram para trás.
Mas de esmiuçar até mais não as histórias tristes, de gente que perdeu tudo, já a comunicação social se encarregou.
Só vos vamos apresentar a Ana e o Zé para que fiquem a saber quem são, é importante que os conheçam porque queremos muito convidá-los a todos, clientes e amigos,  a juntarem-se a nós  e ajudá-los a recuperar o que perderam.
A "história" deles é de 20 anos ligados à agricultura biológica, a fazerem tudo e praticamente só com as suas quatro mãos. Muito, muito trabalho, esforço e dedicação, primeiro no Algarve, depois mudaram-se para o Fundão.
Eram da Apidynamis, a empresa da Ana e do Zé, as cerejas que foram nos cabazes este ano. Já tinham sido há dois anos, com uma interrupção o ano passado porque tiveram muito pouca produção ... também acontece e há que ter fundo de maneio para aguentar.
Mas quando se trata de destruição é tudo diferente porque são anos que se perdem, as árvores não basta plantá-las é preciso cuidar e deixá-las crescer...
Quando soubemos que toda a área nova ardeu ... os 4 ha de pomar misto acabados de plantar (cerejeiras, pereiras, figueiras, macieiras e nogueiras), todo o sistema de rega, 40 colmeias e um campo de ervas aromáticas, isto tudo num terreno que compraram há 5 anos em Castelo Novo muito perto do Fundão, claro que tínhamos que ajudar!
Num ato de pura solidariedade, de fazer ao outro o que gostávamos que nos fizessem a nós. Sem "penas", apenas porque aconteceu.
Quando é preciso recomeçar, seja o que for na vida, a ajuda é preciosa. Só por isso.
O Zé ficou renitente em aceitar a ajuda, e eu percebo-o muito bem,  porque (diz ele) por um lado ainda lhe custa aceitar o que aconteceu e por outro não quer suscitar o malfadado (digo eu) sentimento de pena.
Mas deixemo-nos de conversas e passemos à ação:
Por um lado ainda é cedo, porque o fogo passou por lá há duas semanas, para eles nos poderem dizer do que vão precisar mas por outro têm alguns quilos de pera (apanhada já um bocadinho fora de época, que o caos não deixou apanhar mais cedo), que precisa de ser vendida rapidamente.
Então resolvemos fazer assim:
  • Para já vender a pêra da Ana e o Zé e a um preço simbólico de 5€/ 750gr, vai já em todos os cabazes desta semana. Nem vamos pedir licença porque não há tempo para isso, mas claro que quem não puder ou quiser comprar basta avisar que fazemos imediatamente o crédito. 
  • Entretanto eles vão fazer o levantamento dos prejuízos e aí sim levamos à vossa consideração e temos a certeza de que vamos conseguir ajudar. 
Porque sabemos com quem contamos como cliente, temos a certeza atrevo-me a dizer absoluta, que só se não puderem não vão ajudar. 
E nós, a Ana e o Zé agradecemos do coração. Bem hajam !! 

Sem comentários

Enviar um comentário

© A vida de uma alface
Design:Maira Gall.